quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Calor na geleira dos outros é refresco

Já estamos todos muito familiarizados com o tema do aquecimento global. Está no rádio, está na TV, está em todos os veículos a que temos acesso constante, então porque as pessoas ainda não se deram conta da gravidade da situação? Porque continuam consumindo e desperdiçando sem se preocupar com as conseqüências de tais ações?

É fato, nosso planeta está naturalmente fadado a passar por mais uma mudança climática extrema. Aconteceria com ou sem as ações humanas. Ainda assim, deve-se ter consciência de que poderíamos ter atrasado tal acontecimento, que poderíamos ter garantido a nós e aos futuros habitantes deste planeta um tempo a mais para se prepararem para tal evento, mas isso não aconteceu.

As grandes empresas sabem da conseqüência de sua produção exagerada e do seu incentivo ao consumo indiscriminado, mas o que importa a elas é o faturamento, é garantir que tenham conforto mesmo que em conseqüência do desconforto alheio. Já as pessoas aquém dessa realidade capitalista de faturamento exagerado parecem não possuir a capacidade de avaliar o evento como algo real; na verdade muitos julgam o assunto como ficção científica, como se fosse algo distante que não poderia nos afetar, não enquanto ainda vivemos no planeta. A verdade é que muitos de nós testemunharemos os eventos inerentes ao aquecimento global e, se querem mesmo a verdade, já estamos verificando esses eventos. O crescente aumento das chuvas, as altas temperaturas registradas nos termômetros em todo planeta, temperaturas que superam os níveis já registrados, o avanço do nível dos oceanos em escala global; tudo isso é resultado desse tão temido fenômeno, um cenário atual que prenuncia a realidade futura.

As pessoas têm seus filhos e nem ao menos se perguntam se os estão colocando num lugar seguro, onde seu futuro vai ser próspero e feliz, onde não haverá razões para grandes preocupações. As pessoas fazem isso e continuam comprando, jogando fora, enchendo a atmosfera do planeta de gases fundamentais para tal evento e porque o fazem? Porque não sabem do que se trata, não se interessam em descobrir as causas dos males do planeta; porque escolhem ignorar acreditando que nada de ruim está para acontecer.

Sempre prego que as pessoas deveriam abrir mais seus olhos e ouvidos para a opinião e determinações científicas antes de quaisquer outras. Tomem como fato meus amigos, acima de deuses, de destino, de horóscopo, o que pode dar a nós as respostas para questões como esta é o bom uso do nosso conhecimento.
  

2 comentários:

  1. Como profissional da área jornalística, puxo a orelha da imprensa pela postura indiferente da população diante do problema. A divulgação do tema em revistas, jornais impressos e televisivos é visivelmente crescente, sim. Porém, parece ser inversamente proporcional ao interesse de grande parte da população em relação ao tema.
    Referindo-me a imprensa nacional, acredito que o que se vê e se lê sobre sustentabilidade e aquecimento global, não seja capaz de fazer a população analisar criticamente seu comportamento e repensá-lo. O efeito é contrário (o que é fácil perceber em conversas corriqueiras com colegas). O que se pensa por aqui, é que tudo está perdido e que ações individuais não adiantam. Aqui não se pensa que ações individuais se somam e se tornam coletivas. Diante disso, critico a cobertura fatalista do tema, promovida pela imprensa brasileira, que nada mais faz do que simplesmente mostrar as catástrofes mundo afora, de fato levando a maioria a pensar que não adianta mudar pequenas atitudes.
    Talvez uma mudança na postura da nossa imprensa, acarretaria mudança na postura da população. Ao invés do enfoque geralmente dado, a cobertura jornalística poderia focar em possibilidades de agir, por exemplo. A imprensa também deveria aprender que o assunto não deveria ser colocado apenas em editorias específicas, como ciência e meio ambiente. Deveria tratá-lo de maneira global, disseminando-o a todo o público, sem restrições.

    Adorei o post.

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  2. Apesar deste assunto ser de grande preocupação para mim, não luto muito para salvar o planeta e "fazer a minha parte" e posso explicar meus motivos: Concordando com o agente Smith no filme de ficção científica Matrix, acho que o ser humano tem o padrão similar ao de um vírus, e acredito que não devemos lutar contra a nossa natureza. Devemos é claro, lutar para sobreviver, mas já condenamos o planeta a muito tempo. Julgamos e condenamos o planeta nas grandes navegações, que permitiu o barbárie européia de dominar populações milenares. Condenamos o planeta na revolução industrial. Condenamos o planeta na nossa própria explosão demográfica (que acredito ser proposital a parte do "demo" na palavra). E vamos assim, cada vez mais arrumando formas diversas de nos reproduzirmos às custas de outros seres vivos, que tanto direito de estar aqui quanto nós...portanto, sugiro que os governos larguem as desavenças econômicas, perdoem as dívidas, e comecem a trabalhar em conjunto para fortalecer o nosso programa espacial, porque vamos precisar dele.

    Subtópico: parte da comunidade científica russa divulgou dias atrás que um meteoro vai mudar a vida na terra como conhecemos em 2036...se for verdade, chamem o bruce willis, o ben afleck e corram para as montanhas

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