sábado, 2 de agosto de 2014

All you need is love

O amor está em baixa. Se fossem vendidas ações de amor na bolsa de valores elas cairiam depressa sem dúvida alguma. Quase ninguém vê mais vantagens no amor nos dias de hoje. Pensamos demais, racionalizamos demais, quase não sentimos; sentimentos são trabalhosos, exigem coração, mente e sentimento. Não se pode resolver pelo computador, ou tablet, nem smartphone, então para que sentir se posso só racionalizar tudo? É bem mais fácil. O mundo mudou, portanto também o amor mudou, as pessoas e seus sentimentos mudaram; tratemo-las de forma diferente, mesmo que isso só signifique algo para nós mesmos.

Bem, eu me recuso a pensar assim. Recuso-me a viver assim. Sinto-me um pássaro em uma gaiola num mundo assim, entoando canções que poucos vão ouvir, mas ainda assim ouso entoar.  Minha canção diz que amor é dádiva, é sentimento real e muitas vezes visível; não é desespero, é calma; não é segredo, é compartilhamento; não é dúvida, é certeza; nunca é demais ou de menos, é na medida certa; é respeito e compreensão; é um estender de mão nos momentos mais difíceis e complicados, não interessa o quanto pareçam insolúveis, é mostrar ao outro que você está lá para o que vier, por mais difíceis que as coisas possam parecer. É aceitar as incompatibilidades e não fugir dos problemas, mas trabalhar neles, por mais difícil que sejam, assumi-los e ter paciência em ajudar o próximo nessa mudança. É mudar depois do esforço e continuar mudando o quanto seja possível, não para se tornar outra pessoa, porque trabalhar um problema não vai fazer de ninguém outra pessoa e sim uma pessoa melhor. É fazer planos para o futuro, pensar no próprio bem estar, mas saber que o amor do próximo está pronto para lhe seguir aonde você for, sem renúncias, mas garantindo a ambos os mesmos ganhos. É comunicação, para que os planos andem juntos, os planejamentos, sejam eles quais forem, sejam direcionados para o bem de ambos. É, acima de tudo, certeza dos sentimentos, pois no amor sempre há duas pessoas envolvidas.

Amar é fácil, quando se realmente ama, quando se tem a si próprio seguro do que se quer no amor, do que se precisa. Amar faz bem à mente, ao corpo, torna-te feliz, pois sabes que tem alguém com quem contar sempre, um amigo(a), amante, namorado(a), companheiro(a), alguém que olhe suas coisas enquanto você sai com os(as) amigos(as). É o que falta a todos os que se sentem sozinhos, tristes, cansados; a esses falta um verdadeiro amor. Ao mundo falta amor, amor de verdade.

Parem de chorar só pelos filmes e novelas, parem de achar que fotos e posts em redes sociais são muito bonitos e tentem sentir o que é mostrado em todos esses veículos. Como já diziam os Beatles num refrão que (sim eu AMO): All you need is love.
   
  

sábado, 15 de dezembro de 2012

Carta ao Papai Noel


 Querido papai Noel, eu não faço idéia se fui um bom rapaz esse ano, já que nosso julgamento quanto a isso pode ser diferente gostaria de fazer meus pedidos, pois acredito que também posso sonhar em ter aquilo que desejo.

Vamos a eles então: Quero um bom governo; com mais trabalho e menos delitos; com mais ações e menos promessas; com mais respeito e menos descaso; com mais justiça social e menos beneficiações partidárias; visando o bem comum de acordo com a justiça que deveria funcionar em nosso país.

Quero mentes mais brilhantes; mais preocupadas em assuntos importantes, pouco fúteis e dispensáveis; que visem o conhecimento como forma de atingir o sucesso; que busquem justiça mesmo que a mesma não aja para benefícios pessoais; que almejem a paz com troca de idéias e com maneiras para evitar o conflito; que não se utilizem do futebol, da música ou de qualquer outra rivalidade como razão para ações hediondas; que saibam escutar e aprender quando necessário, assim como falar e ensinar também.

Quero um planeta mais estável; onde as pessoas saibam que suas ações refletem em sua condição de vida; onde os recursos não são utilizados sem se pensar na sustentabilidade e preservação do meio em que vivemos; onde se respeite a diversidade natural.

Quero a verdade acima de tudo.

Quero o amor como algo mais valioso do que coisas bem menores.

Por fim, se não for pedir demais, quero um Papai Noel de verdade, que possa de fato realizar meus desejos e que possa trazer justiça, conhecimento e paz para nosso mundo. Junte aí alguns doces, bombons e espumantes e terei um excelente natal meu bom velhinho.


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Juiz, júri e executor


                                                                               “Pontos de vista só devem ser respeitados quando refletem ações para o bem comum.”


Vivemos em um mundo onde, muitas vezes, a verdade não é aquilo que se pode comprovar através de evidências peremptórias; um mundo em que o pensamento individual é o documento de maior importância para se afirmar algo como verdadeiro e, consequentemente, obrigatório a todos. Não interessa as contradições, pois, segundo o meu raciocínio, eu sou o detentor da verdade absoluta. Observa-se essa constante na maioria das pessoas o tempo todo. É claro que não vou só afirmar ou eu estaria me incluindo no grupo a que me proponho a criticar aqui; só o que me indigna é que isso deveria ser observado por todos sem a necessidade de menção alheia. Mas deixe-me desenrolar meus argumentos para dar aos mesmos, características mais factuais. 

Constantemente me flagro analisando as preferências de cada indivíduo. Obviamente, todos têm o direito de apreciar as coisas que mais lhe são importantes ou convenientes; não há nada de errado nessa ação desde que ela não signifique atingir a preferência do outro. Mas, infelizmente, na prática, não é bem assim que as coisas acontecem. Vejamos, por exemplo, a realidade do futebol. Ora, todos os times têm os mesmos interesses: ganhar os jogos e, assim, um determinado campeonato, conseguir bons patrocínios para manter o time com a melhor qualidade possível. O maior problema é que, para a maioria das pessoas, só o que interessa é que o “meu” time seja o melhor. Os outros? Bem, os outros podem fracassar constantemente, desde que fracassem para a glória do que é melhor para mim. Um time só é bom, só joga com competência, só merece vencer se for para beneficiar a sua torcida, já os outros sempre tiveram sorte, ou “compraram” o juiz, ou foram favorecidos por algo que é irregular segundo a moral do jogo.

Analisemos outra grande questão que, provavelmente, é mais polêmica do que o futebol (e peço a todos que sejam justos antes de me condenarem às torturas de cada crença). A religião é uma das principais responsáveis pelas ações injustas e ignorantes que acontecem neste planeta. Algum de vocês já percebeu que todos tiveram a grande sorte de nascer no país onde a religião é a verdadeira! No ocidente, o cristianismo é a religião que vigora e, por isso, a correta. O hinduísmo, islamismo, budismo, dentre outras estão completamente erradas, já que não fazem parte da realidade cultural a que nos encontramos. Como podemos usar o senso de justiça em questões como essas quando cada indivíduo se recusa a aceitar que o que vai além do que é seu possa estar correto em um determinado momento?  Como ter o cuidado de fazer uma análise que exalta as qualidades apesar dos defeitos?

Darei aqui meus braços, pernas e pescoço a torcer para tentar exemplificar o que afirmei até agora analisando da forma mais justa possível o que não é de meu gosto pessoal. Gosto de rock’n roll, música clássica dentre outros estilos menos populares no Brasil; ainda assim não posso julgar o sertanejo ou o axé ou qualquer outro ritmo como de menor qualidade do que aquilo que eu aprecio. Só faria tal afirmação se de fato houvesse evidências para tal. Assim como não ouso dizer que o Iron Maiden é tão artístico quanto Vila Lobos, pois, obviamente, há uma grande diferença de aplicações artísticas em cada um dos artistas. Gosto de quadrinhos, mas nunca ousaria comparar os X-Men com Memórias Póstumas de Brás Cubas, pois eu estaria ignorando aspectos que dão ao segundo a qualidade de literatura, título que não pode se aplicar ao primeiro.

A todos que se recusam a avaliar de forma justa tudo o que lhes rodeia, só posso dizer que os mesmos assumem o papel de juiz, observando só o que lhes é conveniente, júri, condenando da forma que melhor lhes aprouver o que não é aceito por eles, e executor, dando a cada um de seus réus a punição que melhor acham adequada.

A igualdade entre todos os seres humanos só será possível quando cada um olhar para dentro de si mesmo e avaliar o quanto somos justos e o quanto somos egoístas. 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Opinião não pressupõe razão


“Não há nada no mundo que esteja melhor repartido do que a razão: toda a gente está convencida de que à tem de sobra” (René Descartes)

Quantas vezes você já se deparou com alguém dizendo: “devemos respeitar a opinião dos outros.”? Eu mesmo já perdi a conta das vezes em que escutei essa infeliz frase. Por sorte e talvez até por justiça, frases e jargões populares nunca vêm entre aspas e com o nome do autor entre parênteses, não é verdade?! Fato é que as pessoas se convenceram, talvez pelo cansaço, que toda opinião é passível de respeito. Venho dizer, da forma mais explicativa possível, que tal coisa não deve ser levada sob esse aspecto.

Opiniões existem, é claro, e para todos que às possuem elas são verdadeiras, uma vez que uma opinião é o reflexo de um ponto de vista pessoal levado como verdade. Mas o grande problema em relação a isso é o fato de que a maioria das pessoas não se preocupa em analisar se estão de fato corretas. Penso que é deste último raciocínio que parte a injustiça vinda de muitas pessoas. Para muitos um “penso, logo existo” já não é o bastante, portanto dizem “penso, logo estou certo”. Pobre Descartes! Que descanse em paz apesar disso. Desse raciocínio imperdoável é que nasce a intolerância, a violência e o descaso que podem ser encontrados na sociedade de forma ululante. Cada vez mais as pessoas se convencem de que estão certas sem verificarem a metodologia de suas análises do mundo para chegar a tal conclusão.

Os que me conhecem dirão: “lá vem ele com o mesmo discurso alegórico!”, e assumo que bato nessa tecla sempre que possível, mas somente para me tornar o mais claro possível. Mas vamos então à essa famosa alegoria para tornar mais claro todo esse discurso. Quem não diz: “Não posso fazer isso, pois ele(a) é da família e temos que dar um crédito.”? Pois bem, a justiça deve ser aplicada a todos sem exceção, quem não concorda então, por favor, que retire a venda que cobre o rosto de Diké; garanto que ainda assim ela manterá aqueles fechados. Ora, Hitler teve mãe e mesmo assim a mesma não apoiaria as ações do filho e o mesmo pode ser dito de figuras históricas que já causaram danos à sociedade. Infelizmente, a ignorância ou somente o medo de admitir que estamos errados pode ser uma das explicações para essa atitude.

Para cada situação de nossas vidas e da vida alheia todos os aspectos devem ser considerados para que possamos agir de forma justa e imparcial. Imparcialidade e justiça, que grande combinação. Só gostaria que fosse algo mais recorrente não somente no Brasil, mas em qualquer lugar onde o ser dominante possui inteligência suficiente para agir de acordo com tais conceitos. Crie opiniões, mas faça que as mesmas sejam dignas de nota.


terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Carnaval: a democracia religiosa

Pois vejam só, não é que o Carnaval é uma democracia no dogma religioso! Tendo origem na Grécia e em Roma como uma festa pagã o Carnaval se estendeu até o cristianismo como uma festividade voltada à satisfação dos prazeres da carne, pois o título original do grego “carnis valles” tem por significado “carnis” como carne e “valles” como prazeres, ou seja, dois dias de festividades promíscuas. Ora, isso não é democracia? Liberar as pessoas de seu julgo de adoração a Deus permitindo-lhes optar pela total entrega ao pecado da carne! Democrático ou não as pessoas teriam de se arrepender no período da quaresma, mas no Brasil e acredito que até mesmo em alguns outros países onde a festividade acontece as pessoas não tem nenhum conhecimento da origem da festividade e nem mesmo de seu significado. Prova incontestável disso é o fato do evento ter se modificado aos modelos dos lugares em que ele acontece.

O Carnaval é do povo e o povo o faz como quer; atribuem música específica (o axé e o samba), vestimentas específicas e até mesmo comportamento específico. As pessoas, sem o julgo da igreja, se entregam ao que parece ser a alegria completa. Cidades como Diamantina e Ouro Preto, em Minas Gerais, Salvador, na Bahia, Olinda, em Pernambuco, dentre outras se tornam palco de uma festa que acaba por se tornar desrespeitosa à população, pois durante quase cinco dias turistas invadem as ruas para festejar junto com bandas que tocam até altas horas o som da festividade. Não importa o barulho, não importa o incomodo afinal, é só uma vez no ano, não é mesmo? Todos fecham seus olhos ao que parece um convite ao vandalismo, pois as ruas são completamente sujas e até mesmo destruídas pela passagem dos foliões. Onde a religião ou a cultura se aplicam a essas pessoas? Elas não se aplicam; as pessoas não aproveitam o carnaval pela sua história e cultura e sim pelo fato de dar a elas a oportunidade de agirem de acordo com o que querem fazer sem a vigilância constante das autoridades. O abuso das drogas se torna maior; a proliferação de doenças idem e tudo em nome do apelo da massa que só quer festa e não se preocupa com a preservação do patrimônio histórico e cultural da humanidade que reside em grande parte dos municípios que recebem o evento. 

O que torna o quadro pior é que em grande parte das principais cidades que sediam os carnavais mais populares existe um grande número de estudantes cursando universidades federais que, no geral, adiam as aulas até o final do Carnaval, pois as mesmas antecipam a falta de comprometimento dos alunos que esperam pelo feriado e deixam aqueles que se preocupam mais com o conhecimento privados das aulas. Além disso, os foliões lotam os hospitais com quadros alcoólicos e de overdoses tornando o atendimento a outros pacientes mais lento.

Como se vê, a democracia pode ser feita pela igreja, mas não há a reciprocidade pelos que aproveitam o evento, pelos governos responsáveis pela liberação e até mesmo organização dos eventos e pelas instituições de ensino superior.

Festejem, brinquem, caiam na folia, mas usem a inteligência para fazê-los de forma a beneficiar a todos, respeitando a diversidade de gostos, o bem estar das cidades e também o bem estar pessoal.




quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Calor na geleira dos outros é refresco

Já estamos todos muito familiarizados com o tema do aquecimento global. Está no rádio, está na TV, está em todos os veículos a que temos acesso constante, então porque as pessoas ainda não se deram conta da gravidade da situação? Porque continuam consumindo e desperdiçando sem se preocupar com as conseqüências de tais ações?

É fato, nosso planeta está naturalmente fadado a passar por mais uma mudança climática extrema. Aconteceria com ou sem as ações humanas. Ainda assim, deve-se ter consciência de que poderíamos ter atrasado tal acontecimento, que poderíamos ter garantido a nós e aos futuros habitantes deste planeta um tempo a mais para se prepararem para tal evento, mas isso não aconteceu.

As grandes empresas sabem da conseqüência de sua produção exagerada e do seu incentivo ao consumo indiscriminado, mas o que importa a elas é o faturamento, é garantir que tenham conforto mesmo que em conseqüência do desconforto alheio. Já as pessoas aquém dessa realidade capitalista de faturamento exagerado parecem não possuir a capacidade de avaliar o evento como algo real; na verdade muitos julgam o assunto como ficção científica, como se fosse algo distante que não poderia nos afetar, não enquanto ainda vivemos no planeta. A verdade é que muitos de nós testemunharemos os eventos inerentes ao aquecimento global e, se querem mesmo a verdade, já estamos verificando esses eventos. O crescente aumento das chuvas, as altas temperaturas registradas nos termômetros em todo planeta, temperaturas que superam os níveis já registrados, o avanço do nível dos oceanos em escala global; tudo isso é resultado desse tão temido fenômeno, um cenário atual que prenuncia a realidade futura.

As pessoas têm seus filhos e nem ao menos se perguntam se os estão colocando num lugar seguro, onde seu futuro vai ser próspero e feliz, onde não haverá razões para grandes preocupações. As pessoas fazem isso e continuam comprando, jogando fora, enchendo a atmosfera do planeta de gases fundamentais para tal evento e porque o fazem? Porque não sabem do que se trata, não se interessam em descobrir as causas dos males do planeta; porque escolhem ignorar acreditando que nada de ruim está para acontecer.

Sempre prego que as pessoas deveriam abrir mais seus olhos e ouvidos para a opinião e determinações científicas antes de quaisquer outras. Tomem como fato meus amigos, acima de deuses, de destino, de horóscopo, o que pode dar a nós as respostas para questões como esta é o bom uso do nosso conhecimento.
  

domingo, 30 de janeiro de 2011

Cada macaco no seu galho


Rock in Rio 2011. Que evento maravilhoso aos ouvidos dos roqueiros de todo o país! Que grande oportunidade de ver, em um único evento, as maiores bandas de rock’n roll do mundo. Fico emocionado ao pensar na abertura de tamanho evento com Rihanna, Kate Perry, Claudia Leite e Ivete Sangalo! Espere um momento! Está tudo errado!

Mais uma vez estamos sendo vítimas de imposições injustas da sociedade e da mídia. O que não é aceito por completo pela maioria, o que é marginal e não é o centro das preferências não pode permitir um acontecimento tão grande para que somente um estilo seja homenageado.

O evento começou muito bem no ano de 1985 quando apenas artistas do meio do rock e do pop mais estilizado ao rock’n roll (estilo até bem aceito por muitos roqueiros) tocaram. Em sua segunda edição o nome de George Michael já prenunciava a catástrofe musical que estava por vir nas próximas edições. Na terceira realização do evento é que pode ser notado que o mesmo estava fadado à agradar a maioria ao invés de fazer jus ao nome ROCK in Rio. Os roqueiros, na última realização em território nacional, tiveram de aturar grandes nomes do mundo pop americano e, sem nenhuma surpresa, pode-se testemunhar a revolta do público com a chuva de copos durante uma apresentação de Carlinhos Brown.

Não critico outros estilos musicais. Mesmo me afirmando como um roqueiro completo eu respeito os outros estilos, mas temos de convir que, usando a frase popular: "cada macaco no seu galho." O roque é um estilo completamente marginalizado na sociedade brasileira. Percebe-se isso a todo o momento quando observamos milhares de narizes torcidos ao aumentarmos o volume ao som de algumas guitarras distorcidas. O roque tem de aceitar os nomes de outras músicas junto dele, mas o contrário nunca acontece. Nunca vi o Sepultura tocando no carnaval brasileiro; nunca vi o Iron Maiden num trio-elétrico em Salvador, então porque temos de aturar o axé, o pop, o R&B num evento destinado ao público roqueiro?

Para ser franco, o mais franco possível, o evento se tornou um fiasco indiscutível quando contradiz até seu título: Rock como estilo musical a ser apresentado e in Rio como local de realização do evento. Lisboa está além-mar, não é o Rio de Janeiro, muito menos o Brasil e ainda assim recebeu o evento durante três edições. Faça-me o favor, mude o nome do evento para Música Variada em Qualquer Lugar ou voltem o evento ao objetivo inicial que é mostrar o roque para os fãs brasileiros.

Mais difícil ainda deve ser para as pessoas que tiveram a oportunidade de testemunhar um evento como o Woodstock ver o nome do bom rock’n roll ser misturado a estilos que se mantém, não pelo prazer de fazer boa música, nem pela necessidade de se afirmar como um estilo, mas para ganhar dinheiro fácil, manter a fama em primeiro lugar e aparecer em capas de tabloides e revistas sensacionalistas.