terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Darwin às avessas?

Sou fascinado pela teoria darwiniana. É incrível como a natureza se comporta e evolui de acordo com sua necessidade. Apesar disto, há ainda algo que me intriga muito em relação à essa teoria. Se analisarmos o quanto os animais e vegetais se modificaram para alcançar uma fisionomia e organismos mais resistente às adversidades do nosso planeta percebemos que sua evolução foi mais bem sucedida do que a ocorrida nos seres humanos.

Não poderia escrever este texto sem dar às minhas opiniões sobre o assunto um título sugestivo o suficiente para atrair a atenção do meu leitor. Por isso apresento agora a vocês o que eu chamo de Paradigma Heike. A elaboração deste título se tornará bem retórica quando eu finalizar este texto, mas devemos nos lembrar do quão importante foram as análises realizadas dos caranguejos heike. Eles são provas incontestáveis da evolução das espécies em nosso planeta. Mas seria a evolução humana equivalente a dos diversos seres de nosso planeta? Devo admitir que em minha opinião isso não é uma verdade. A explicação que eu elaborei para este raciocínio é a de que a própria inteligência humana sabotou os desígnios naturais para que nossa evolução fosse tão bem sucedida quanto a evolução das demais espécies.

Pensemos em como acontece a evolução com os seres viventes da Terra. Quando há algo que os impedem de sobreviver, sua genética é modificada pra dar-lhes os instrumentos necessários para que possam fazê-lo. Vejam as girafas que tiveram seus pescoços alongados, ou répteis aquáticos que possuem finas camadas de pele entre seus dedos para facilitar o nado. Tudo isso aconteceu para que essas espécies pudessem sobreviver mesmo com as dificuldades que poderiam surgir em seu caminho.

Ainda assim, não podemos ignorar, nesse processo evolutivo, algo que Darwin colocou como essencial que é a Seleção Natural. Pra resumir este termo em poucas palavras podemos dizer: a sobrevivência do mais forte. Desta forma, os animais que se adaptaram as adversidades naturais em seu caminho puderam sobreviver sem grandes problemas, já os demais, que não puderam passar por tais adaptações, morreram. Pela falta de inteligência a morte de outros seres de uma mesma espécie não é tão importante para os que sobrevivem, afinal, se eles estão ali podem continuam procriando, mantendo sua espécie viva.

Não é complicado entendermos a evolução se analisarmos os fatos de maneira, até mesmo, simples como acabei de fazer acima. Mas qual a razão dos seres humanos não passarem por processos tão visíveis quanto o das outras espécies? A resposta pode ser a sua própria inteligência. Para que os seres humanos deveriam desenvolver grande quantidade de pêlos se eles são capazes de tecer vestimentas que os protegem do frio? Ou ter grandes garras para caçar se podem construir lanças e outros instrumentos para tal finalidade? Ou ter grandes dentes caninos quando são capazes de tornar seu alimento mais fácil de mastigar e digerir? A evolução intelectual humana parece ter brecado a evolução natural, pois os seres humanos sempre foram capazes de resolver as adversidades em seu caminho de forma quase instantânea. Mas é deste último raciocínio que surge uma questão interessante: onde se aplica a seleção natural nos seres humanos? Uma vez que somos inteligentes, possuímos também uma consciência social que nos impede de permitir que outros de nossa espécie morram. E é aí que até mesmo a evolução intelectual também se estagnou em certo ponto para determinados seres humanos. O homem está sempre em busca de descobrir novas formas de manter sua espécie no planeta, mas os que fazem isso são poucos, assim como também são muito poucos os que se interessam em entender sobre isso. Assim, restam muitos que somente se aproveitam das grandes descobertas e realizações dos mais fortes para sobreviver sem ter de se preocupar em crescer intelectualmente. Quantas pessoas chegam em casa e ligam a TV sem se preocupar em qual o processo estabelecido para que tal aparelho funcione? Muitos tomam medicamentos sem nem se importar em qual foi o estudo realizado para a produção de tais medicamentos. Analisando assim, parece um fato de que a genialidade humana auxiliou para que mantivéssemos vivos os que, pela seleção natural, teriam morrido. Os mais inteligentes trabalham para manter todo o resto vivo.

Não exponho tais opiniões no intuito de gerar uma revolta quanto ao fato, mas se alguém tiver vontade de realizar uma revolução contra isso, por favor, sinta-se à vontade para tal. Se posso entender que animais morreram pelo fato de não se adaptar, não ficaria tão perplexo se o mesmo acontecesse a seres humanos menos desenvolvidos intelectualmente afinal, isso seria apenas Seleção Natural não é mesmo?



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